No dia 25 de julho é comemorado o dia da mulher negra.
Poucas pessoas sabem disso e essa data foi estabelecida no ano de 1992 inspirado no dia da mulher afro-latina-americana e caribenha.
A mulher negra já chegou ao Brasil sofrendo explorações tanto pelo sistema quanto sexual, e infelizmente não podemos dizer que esse quadro tenha mudado tanto desde sua chegada. Essas mulheres trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, costumes, alimentação a arte e até mesma a medicina que são praticados até hoje.
No dia 25 de julho também é celebrado o dia nacional de Tereza de Benguela. Você sabe quem é?
![Tereza de Benguela](https://static.wixstatic.com/media/22fb45_798beeba41dc4dd49b8076ced9a6785e~mv2.jpg/v1/fill/w_620,h_386,al_c,q_80,enc_auto/22fb45_798beeba41dc4dd49b8076ced9a6785e~mv2.jpg)
Pois eu vou te contar. Tereza de Benguela liderou o Quilombo de Quaritetê, no século XVIII, que abrigava cerca de 100 pessoas, sendo 79 negros e 30 índios, onde hoje é o Mato Grosso.
Em 1770 Tereza foi capturada e ainda não sabemos dizer ao certo qual foi o motivo de sua morte, alguns especulam suicídio, outros que ela foi executada. Um documento da época afirmava, após sua captura: "em poucos dias expirou de pasmo. Morta ela, se lhe cortou a cabeça e se pôs no meio da praça daquele quilombo, em um alto poste, onde ficou para memória e exemplo dos que a vissem".
Alguns quilombolas fugiram e reconstruíram o quilombo após um ataque, entretanto em 1777 o exército atacou novamente o quilombo e extinguiu sua existência.
Após lutas como de Tereza, ainda hoje podemos ver o tamanho retrocesso no que se trata a efetivação da redução de desigualdade. O dia da mulher negra é escolhido para debater essas questões, entre tantas outras enfrentadas pelas mulheres negras de todo o mundo. Além disso, nosso desafio é levar conscientização para aqueles que não acreditam que ainda exista uma grande e vasta desigualdade e colocar em debate assuntos tão importantes.
Mostremos ao mundo que representatividade de nada vale se não vier acompanhada de respeito e igualdade.
Commenti